segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Leituras de Outubro 2021 - 2


 Mapa de Sal e Estrelas foi o livro número doze da TAG Inéditos de 2020.

A história refere a refugiados sírios procurando um lugar seguro que lhe caiba.

São duas histórias correndo ao mesmo tempo.

Uma se passa no Século X e a outra no Século XXI quando aconteceu o bombardeio na Síria.

Em comum heroínas jovens que lutam por seus ideais, pela proteção à família e da família e por retornar às origens.

Uma aprendiz de cartografia e a outra leitora de mapas. Dos mapas que sua mãe faz.

Em comum... os caminhas percorridos até o encontro feliz.

O autor escreve com uma sensibilidade que nos faz ver todas as dificuldades de um refugiado. 

As analogias com a cor, com os aromas são um poema.

Misturando as lendas das 1001 noites o autor nos reporta a uma cultura ímpar.

 

Tema: Leituras de Outubro 2021 (2)

Título: Mapa de Sal e Estrelas

Autor: Zeyn Joukhadar

País: EUA

Páginas: 368

Avaliação: 4/5

Término da leitura: 11/10/2021

TAG e Dunblindense – RS - 2020

57/100 2021 #desafiodos100livrosemumano

#desafiodos24temas2021 –  19 Livro que ganhou de presente

 

O Autor

Sírio – americano.

Recebeu em 2021 os prêmios Stonewall book Awards e Lambda Literary Award pela obra: The Thirty Names of Night (Trinta Nomes da Noite).

Com Formação em biomedicina antes de dedicar-se integralmente a literatura trabalhou como cientista de pesquisa biomédica.

Por Mapa de Sal e Estrelas recebeu em 2018 o prêmio: Prêmio Livro do Oriente Médio 2018 - Prêmio de Literatura Juvenil.

Transgênero também publicou sob o nome de Jennifer Zeynab Joukhadar.

 

 

A Obra

São duas histórias narradas paralelamente e em períodos diferentes.

Ambas acontecidas na Síria.

Uma das histórias se passa no século X e a outra na atualidade em 2011.

A duas historias convergem para um mesmo ponto, pois as duas heroínas fazem o mesmo percurso para encontrar a segurança.

A obra é escrita com muita riqueza  em analogias mas não é maçante.

 

 

Citações

1.      Por que tememos a morte quando deveríamos temer a queda? Página 7

2.      Pessoas lhe pagavam para projetar pontes, mas ele contava histórias de graça. Página 11

3.      Todo o lugar aonde você vai se torna uma parte de você. Página 14

4.      Cada pedra é diferente e toda pedra é a mesma coisa: brilhante e pronta para sussurrar seus segredos, se eu escutar. Página 49

5.      Alguém tosse ao longe. Tudo cheira a um amarelo amargo. Soluços roxos flutuam por trás de minhas pálpebras. Página 61

6.      Pressiono meu rosto contra a pedra do jardim. Cheira a queimado e verde amarelado, a cor da imundície e da doença. Página 66

7.      Penso em como é estúpido tintas de acrílico secarem tão rápido. As coisas mudam demais. Sempre temos que consertar os mapas, repintar as fronteiras de nós mesmos. Página 78

8.      As coisas se perdem tão rápido. Com tanta facilidade. Página 89

9.      Penso comigo mesma: já vi uma pessoa morta antes, mas nunca vi ninguém morrer. E se a morte for algo que se agarra a você, como um cheiro ruim? Página 98

10.  As pessoas sempre acham que morrer vai doer. Mas não dói. É viver que nos machuca. Página 113

11.  Na minha experiência, quem ama estrelas é uma pessoa nobre – disse ele. Página 137

12.  Prendo a respiração e me pergunto: ainda há lugar no mundo para coisas extraordinárias? Página 165

13.  Deixei para trás minhas lágrimas quando abandonei minha casa. É mais fácil rir, já que chorar não tira mancos. E a vida continua, não é, mesmo sem uma perna. Página 188

14.  Encaro o verde lá embaixo e me lembro do que aprendi no bote: O mar não é plano. Página 201

15.  Os pontos mais importantes de um mapa são aqueles para onde não fomos ainda. Página 214

16.  Uma vez você me disse que somos a história que contamos a nós mesmos, que as vozes dos outros podem afogas as nossas. Página 257

17.  As palavras em mim, aquelas que não digo, contêm gravidade. Todas aquelas palavras não ditas são como pontos de gravidade feitos de ferro. O resíduo pegajoso de sentí-las me sobrecarrega; sou esmagada pelo peso imenso da esperança, me perguntando se meu coração está só tentando respirar. Página 294

18.  Às vezes, a dor vem com todo o tipo de bênçãos. Página 296

19.  Palavras sobrevivem. Fronteiras não são nada perto das palavras e do sangue. Página 306

20.  Ninguém pode amar as estrelas e machucar as pessoas... Não tem como. Página 309

21.  ... quando se desenha um mapa, você não pinta só o mundo como ele é. Você pinta o seu próprio mundo. Página 322

22.  O tempo tem mãos de escultor. Você sequer as percebe. Página 323

23.  Riqueza não substitui pertença. Página 330

24.  Penso comigo: a vida arranca sangue e deixa suas joias na nossa pele. Página 338

 

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