Ganhei como um dos presentes do dia das mães.
É uma fábula narrada por uma criança, Benjamim, vivendo em um vilarejo de pescadores.
Primeiro contado meu com o autor.
Minha dificuldade com a leitura se deu pela linguagem pois o livro está escrito em português de Portugal e não consegui a princípio me familiarizar com escrito. Mas valeu a leitura e recomendo.
Tema: Leituras de Maio 2021 (5)
Título: Nosso Reino
Autor: Valter Hugo Mãe com ilustração de Eduardo Berliner
País: Angola - Saurimo
Páginas: 184
Avaliação: 4/5
Término da leitura: 16/05/2021
Biblioteca Azul – SP - 2018
34/100 2021 #desafiodos100livrosemumano
O Autor
Nascido em em Saurimo - Agola em 1971. É editor, cantor, artista plástico, poeta e escritor.
A Obra
A vida narrada pelo olhar de um garoto de oito anos tentando descobrir as diferenças entre o bem e o mal usando como parâmetros de seu julgamento a fé dos adultos ao seu redor.
Conta ainda para formular suas ideias com as brincadeiras entre as outras crianças e o seu jeito todo especial de ver o mundo ainda que ao seu redor existam a pobreza e a violência doméstica. Sem contar as condições sociais e políticas pelas quais passa o país em que vive.
Considerações
1. O livro é todo escrito em letras minúsculas.
2. O conteúdo é uma lenda contada por um garoto de oito anos.
3. A capa ilustra a visão de mudo do garoto e de tudo ao seu redor.
4. Primeiro livro do autor.
5. Também é a primeira vez que leio algo deste autor.
Citações
1. No exato momento em que caí, alguém chamou a morte, alguém morreria. Página 24
2. Mas livrar o mundo da morte seria o perdão. Página 27
3. Vamos todos morrer, agora que descobrimos o segredo da morte, vamos todos morrer. Página 33
4. O que eu via era o que já sabia lá de longe, que aos mortos dá-se terra e silêncio. Página 46
5. Não percebes, é constante, estaremos sempre assim, a pecar e a pedir perdão, porque tudo em nós é imperfeito e incompleto. Página 99
6. A cura de um santo é a da alma, o corpo é terra com sangue e fluxo, e o pó anseia por ele como ele pelo pó. Página 100
7. Eu sempre via a morte como preparo de refeição para a boca de deus, insistia. Página 108
8. Pensei também que um homem bater numa mulher era algo porco, o mais porco dos actos, porque vinha da covardia e mostrava o espírito demente de quem achava na violência uma força aceitável. Página 115
9. O pior vinha nos dias em que o pão não chegava e o leite acabava. Página 124
10. Um sonho é só um anseio ou um receio, não é a verdade. Página 157
11. E quem sabe a natureza toda junta seja deus, disse-lhe eu. E ela esfregou-me a cabeça e sorriu. Página 170
12. Toda a matéria se abre à força da alma. E se o corpo se abrir é ela quem surge e se liberta. Página 173
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Bjos.
Parabéns por sua capacidade de leitura e de montar resumos claros e muito consistentes
ResponderExcluirParabéns por sua capacidade de leitura e de montar resumos claros e muito consistentes
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