Uma partida duradoura em que o final é sempre a morte.
Em tempos de Atari os games não podiam ser gravados. As partidas sempre eram reiniciadas após as vidas se acabarem.
Essa é a referência do título da obra.
Não importa o que você faça o fim é a morte. Seja ela física ou emocional.
Hoje em colchões no passeio público, efeitos de um governo autoritário da era Pinochet, os jovem do livro recordam os momentos vividos no passado em uma escola onde se encontravam como amigos e colegas de turma.
Recordam os momentos passados no vídeo game e também os sofrimentos pelos desaparecimentos dos amigos e seus familiares.
Tema: Leituras de Julho 2022 (61)
Título: Space Invaders
Autor: Nona Fernandez
País: Chile
Páginas: 88
Avaliação: 3/5
Término da leitura: 15/07/2022
Moinhos – BH – 2021
#desafiodos100livrosemumano – 61/100
A Autora
Nona Fernández Silanes nasceu em 1971, em Santiago, no Chile.
É atriz e escritora. Como escritora publicou diversos livros.
Vencedora do Prêmio Municipal de Literatura de Santiago; Prêmio Altazor (2006, 2008, 2012, 2013); Prêmio Sor Juana Inez de La Cruz (2017) apenas para mulheres de língua espanhola na América Latina e Caribe.
Seus livros têm sido traduzidos para o inglês, francês, alemão, italiano, sueco, grego e português.
A Obra
Space Invaders (2013), finalista do National Book Award.
Este é primeiro livro da autora publicada no Brasil.
São relatos de jovens que viveram o período da ditadura Pinochet entre 1979 e 1990.
É um livro bem curto, mas toda a obra curta exige demais do seu leitor.
As memórias são fragmentadas por conta de quem as conta e de quem as viveu.
São jovens adolescentes de uma escola, em uma tentativa de comunicação através de cartas, quando uma das amigas, Estrella, de repente, desaparece.
Sente-se o drama daqueles que perderam amigos, familiares, em um processo político exterminador para a história chilena.
Há entre os jovens uma amizade consolidada e de repente a situação na escola muda muito.
Aos poucos Estrella ao escrever as cartas para um dos colegas vai dando as pistas do que de fato está acontecendo.
Hoje os colegas estão perdidos pelas ruas em seus colchonetes devido às perdas sofridas na ditadura. E tudo não passa de memórias.
Quem leu?
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