2022 - Julho - Leitura 65 - Incidente em Antares⭐⭐⭐⭐⭐

⭐⭐⭐⭐⭐

 

 

Estava com saudades de ler Érico Veríssimo.

Na verdade esse livro é uma releitura, pois já o havia lido na adolescência.

Último livro publicado de Érico Veríssimo. Foi publicado exatamente nos anos de chumbo da ditadura no Brasil. 

Os temas abordados no livro vão da política "Café com Leite" até a renúncia de Jânio Quadros.

Discute-se também o tráfico de influências dos governantes e cidadãos influentes de Antares.

O humor é outra constante durante todo o livro.

Transformado em Minissérie no ano 1994, pela Rede Globo.

Tema: Leituras de Julho 2022 (65)

Título: Incidente em Antares

Autor:  Érico Veríssimo

País: Brasil - RS

Páginas: 485

Avaliação: 5/5

Término da leitura: 30/07/2022

Editora Globo – SP - 1988

#desafiodos100livrosemumano – 65/100

#desafiohardbatatasliterárias2022 – 2/24 – Lido na Adolescência

#desafiovailendo2022 – 22/25 – Terror/sobrenatural

 

 

O Autor

Érico Veríssimo nasceu em Cruz Alta, RS, no ano 1905.

Um dos escritores mais populares do Século XX.

Na década de 30, desempregado, passa a viver de seus escritos e transcrições.

Também traduziu a obra Contraponto de Aldous Huxley e publicou o seu primeiro romance  Clarissa.

Morre em Porto Alegre em 1975 deixando suas obras traduzidas para muitos idiomas.

 

 

A Obra

No romance Incidente em Antares, de 1971, Érico traçou um apanhado da história do Brasil desde os primeiros tempos e enveredou pelo fantástico, com uma rebelião de cadáveres durante uma greve de coveiros na fictícia cidade de Antares.

Foi o último romance escrito por Érico Veríssimo.

Dividido em duas partes: na primeira narra um pouco da história do Brasil até o ano em que o livro está sendo escrito e os tumultos provocados por suas controvérsias e ena segunda parte o incidente propriamente dito.

Numa cidade fictícia, situada no Rio Grande do Sul e fronteira com a Argentina, conduzida por duas famílias tradicionais os Vacarianos e Compolargos, no ano 1963.

 Durante uma greve geral na cidade, sete pessoas morrem.

Os coveiros também estão em greve por isso os mortos em suas urnas funerárias ficam no cemitério durante a noite se levantam, fazem uma reunião e se põem em marcha para retornar às suas famílias e amigos propondo que todos se encontrem na praça central da cidade logo mais ao longo do dia para acertarem as contas entre vivos e mortos.

A situação é constrangedora pois os mortos revelam os diversos segredos dos vivos e a cidade inteira entra em polvorosa.

Entre a realidade e a fantasia, o natural e o sobrenatural, todos passam a rever suas vidas.

A leitura da primeira parte é um pouco vagarosa.

Mas a segunda parte, que trata do incidente propriamente dito é espetacular.

 

E vocês? 

Já leram?

Que tal?

 

 

 

2022 - Julho - Leitura 64 - Não Me Abandone Jamais ⭐⭐⭐⭐⭐

 O livro é emocionante. 

A percepção profunda da sociedade onde as pessoas são preparadas para doar. Doar o que?

O livro é uma distopia sobre o que é o humano, o que é alma e sua manifestações.

Tema: Leituras de Julho 2022 (64)

Título: Não Me Abandone Jamais

Autor:  Kazuo Ishiguro

País: Japão

Páginas: 344

Avaliação: 5/5

Término da leitura: 25/07/2022

Companhia das Letras – SP - 2016

#desafiodos100livrosemumano – 64/100

 

 

O Autor

Kazuo Ishiguro, é um escritor nipo-britânico. Ishiguro foi galardoado com o Nobel de Literatura em 2017. Suas obras foram traduzidas para mais de 40 idiomas.

 

A Obra

Khaty tem 31 anos e já está se aposentando. Ela é cuidadora. Mas o que significa tudo isso?

Num  centro de formação para cuidadores, não como imaginamos ser os cuidadores atuais de idosos, constantemente vigiadas, as crianças estudam e possuem uma formação artística muito valorizada na educação deles.

Três dessas crianças, Ruth, Tommy e  Khaty, desde a infância se tornam amigos e durante a adolescência.

Dando continuidade a sua formação mudam-se para outra cidade e outra escola tendo enfim que se separarem. Neste momento da vida uns se tornarão doadores. Não deixam, porém de entrarem em contato uns com os outros e um cuidando do outro nos momentos das doações.

Envolto em mistério os jovens não sabem exatamente a que estão destinados. Apenas que devem aperfeiçoar a arte e entregar sua produção para uma das monitoras.

Mas qual o significado dessa produção? Qual o intuito dessa formação? Essas respostas são dadas ao longo do livro. A educação em si não dá todas as pistas.

Repleto de emoção, pois os que sobrevivem sentem a ausência e dos outros que concluíram.

 

E vocês já leram esse livro?

Que tal?

Gostaram?

 

2022 - Julho - Leitura 63 - O som do Rugido da Onça - ⭐⭐⭐⭐⭐

 Esse é um daqueles livros que não saírá fácil de sua cabeça.

É um livro de não-ficção mas de uma emoção tão forte que será impossível esquecê-lo.

 

Tema: Leituras de Julho 2022 (63)

Título: O som do rugido da onça

Autor:  Micheliny Verunsck

País: Brasil - PE

Páginas: 168

Avaliação: 5/5

Término da leitura: 21/07/2022

Companhia das Letras – SP - 2021

#desafiodos100livrosemumano – 63/100

 

 

A Autora

Nascida em 1972 em Recife – PE.

Micheliny Verunschk é uma escritora, crítica literária e historiadora brasileira.

É Mestre em Literatura e Crítica Literária e Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC São Paulo.

Uma historiadora, poeta e escritora brasileira que fez sua estreia na literatura aos 31 anos com o livro de poemas Geografia Íntima do Deserto (Landy Editora, 2003).

 

A Obra

Narra,  do ponto de vista dos povos originários, a saga das crianças que ficaram conhecidas historicamente apenas como Miranha e Juri, suas etnias

As crianças foram sequestradas durante a célebre passagem dos naturalistas bávaros Spix e Martius ao nosso país, entre 1818 e 1821.

Levadas para Munique foram expostas como peças exóticas.

Mortas pelas doenças dos brancos e vítimas do inverno rigoroso daquela parte da Europa e da alimentação muito diferente de sua alimentação originária.

O relato carrega a emoção de quem perde sua terra, sua família suas origens.

É o apagamento e o extermínio programado de um povo, de sua cultura, de sua língua.

Faz você despossuir o conhecimento aprendido no passado sobre a relação entre os povos originários e os estrangeiros que aqui chegaram com a abertura dos portos às nações amigas.

É emocionante.

 

E vocês já leram?

Que tal deixar sua opinião?

 

 

2022 - Julho - Leitura 62 - Greenwich Park - ⭐⭐⭐

⭐⭐⭐

 Greenwich Park foi o box número 6 que recebi em 2022 pela TAG Inéditos.

É um thriller policial.

Gostei da leitura. Leve e de fácil leitura.

Tema: Leituras de Julho 2022 (62)

Título: Greenwich Park

Autor:  Katherine Faulkner

País: Grã Bretanha

Páginas: 417

Avaliação: 3/5

Término da leitura: 18/07/2022

Record – RS – TAG Inéditos – RS - 2022 – Box Junho 2022

#desafiodos100livrosemumano – 62/100

 

 

A Autora

Katherine Faulkner é uma autora e jornalista inglesa.

Estudou História na Universidade de Cambridge e fez uma pós-graduação em Jornalismo.

Desde então, trabalhou como editora, como chefe de redação adjunta no jornal The Times e também como jornalista de investigação, tendo recebido o prestigiado premio Hugh Cudlipp de jornalismo de interesse público.

Vive em Londres com as duas filhas e o marido.

A Obra

É a obra de estreia da autora.

Um thriller que contém violência contra a mulher, exploração financeira, crime sexual.

Casal namora durante o curso universitário e vê o abuso sexual de uma jovem e não faz nada.

Enquanto é violentada a jovem espera que esse casal faça alguma coisa e a libertem das mãos dos violentadores.

Anos depois, em Greenwich Park,  uma estranha começa a subornar o casal.

Assim estão expostos os elementos da trama.

Os capítulos finais explicam todo o comportamento dos envolvidos na trama.

A leitura é fácil e rápida. Prende bem a atenção.

 

Você já leram esta obra?

Deixa aqui embaixo, nos comentários a opinião de vocês.

2022 - Julho - Leitur 61 - Space Invaders - ⭐⭐⭐

 Uma partida duradoura em que o final é sempre a morte.

Em tempos de Atari os games não podiam ser gravados. As partidas sempre eram reiniciadas após as vidas se acabarem.

Essa é a referência do título da obra.

Não importa o que você faça o fim é a morte. Seja ela física ou emocional.

Hoje em colchões no passeio público, efeitos de um governo autoritário da era Pinochet, os jovem do livro recordam os momentos vividos no passado em uma escola onde se encontravam como amigos e colegas de turma.

Recordam os momentos passados no vídeo game e também os sofrimentos pelos desaparecimentos dos amigos e seus familiares.

Tema: Leituras de Julho 2022 (61)

Título: Space Invaders

Autor:  Nona Fernandez

País: Chile

Páginas: 88

Avaliação: 3/5

Término da leitura: 15/07/2022

Moinhos – BH – 2021

#desafiodos100livrosemumano – 61/100

 

 

A Autora

Nona Fernández Silanes nasceu em 1971, em Santiago, no Chile.

É atriz e escritora. Como escritora publicou diversos livros.

Vencedora do Prêmio Municipal de Literatura de Santiago; Prêmio Altazor (2006, 2008, 2012, 2013); Prêmio Sor Juana Inez de La Cruz (2017) apenas para mulheres de língua espanhola na América Latina e Caribe.

Seus livros têm sido traduzidos para o inglês, francês, alemão, italiano, sueco, grego e português.

A Obra

Space Invaders (2013), finalista do National Book Award.

Este é primeiro livro da autora publicada no Brasil.

São relatos de jovens que viveram o período da ditadura Pinochet entre 1979 e 1990.

É um livro bem curto, mas toda a obra curta exige demais do seu leitor.

As memórias são fragmentadas por conta de quem as conta e de quem as viveu.

São jovens adolescentes de uma escola, em uma tentativa de comunicação através de cartas,  quando uma das amigas, Estrella,  de repente, desaparece.

Sente-se o drama daqueles que perderam amigos, familiares,  em um processo político exterminador para a história chilena.

Há entre os jovens uma amizade consolidada e de repente a situação na escola muda muito.

Aos poucos Estrella ao escrever as cartas para um dos colegas vai dando as pistas do que de fato está acontecendo.

Hoje os colegas estão perdidos pelas ruas em seus colchonetes devido às perdas sofridas na ditadura. E tudo não passa de memórias.

 

Quem leu?

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