terça-feira, 18 de janeiro de 2022

2022 - JANEIRO - LEITURA 5 - Lãs ao Vento - ⭐⭐⭐⭐⭐

 

O livro da Arriete, segundo dela que leio, esse em especial eu gostei muito.

Eu já havia escolhido o mais recente. Que foi lançado ao final de 2021 pela EDUFAL. Contos Reunidos.

Não consegui comprar.

Então encontrei esse na Estante Virtual e comprei. Chegou rapidinho.

O livro é uma delicia de ler.

Recomendo.

Tema: Leituras de Janeiro 2022 (5)

Título: Lãs ao Vento

Autor: Arriete Vilela

País: Brasil

Estado: Alagoas - AL #Desafio2022EstadosBR

Páginas: 228

Gryphus – RJ - 2005

Avaliação: 5/5

Término da leitura: 18/01/2022

#desafiodos100livrosemumano 05/100

#vailendo2022 – Autor Sul-Americano 05/25

 

Autora

Nascida na cidade alagoana Marechal Deodoro em Março de 1949, é Mestra em Literatura Brasileira, integrante da Academia Alagoana de Letras e professora aposentada da Universidade Federal de Alagoas.

 

Obra

Nunca imaginei um dia encontrar um livro cujo protagonista fosse a Palavra.

Taí. Encontrei.

Inusitadamente lindo.

A forma de escrever, cartas. Muito bem escritas para a Senhora Editora.

Entre as cartas, os textos, contos e causos que comporão o livro, trazendo à tona personagens das vivências da autora e outros personagens, acredito, criados por ela.

O livro é uma delícia de ler.

Desperta em qualquer pessoa o amor e o cuidado pela palavra escrita.

Mostra também as dúvidas e inseguranças de quem escreve.

É um lindo poema de amor.

 

Considerações

É cativante do começo ao fim.

 

Citações:


1.       “Escrever é estar no extremo de si mesmo”,  (João Cabral de Melo Neto) anunciando o que se vai experimentar até alcançar o ponto final indicado na epígrafe, a luta com,na e pela Palavra, para dar corpo a realidades, que em última instância, são mesmo lãs ao vento. – Apresentação de Sonia van Dijck

2.       Pelo contrário. Restos que caiam da boca de piaba ou de um dos meninos eram imediatamente apanhados, levados à boca e engolidos com a pressa gulosa que só a fome dá.  Página 9

3.       A palavra é chão de terra escalavrada, sem a promessa do grão. É memória esfarelada, desnorteio na invenção. Página 13

4.       Casa, escola, pai, mãe, parque de diversão, praça, circo: sonhos sem encaixe na vida real. Página 105

5.       Vó, sua mortalha não vai ter bolso nem seu caixão vai ter gaveta pra guardar o seu dinheiro, não, viu?

6.       Na verdade, talvez tenha sido eu que escalavrei a Palavra – e com fúria, com ardor, com paixão ciumenta, com desespero, compulsiva e vigilantemente – para descobrir que é tudo vazio, abismo sem fundo, sucata, desordem, loucura, soberba, opacidade e retalhamento. Página 214

7.       Construí um livro pelo avesso: Vêem-se os chuleios, os remendos, os alinhavos, os esgarçamentos, os pespontos enfadonhamente repetidos. Página 215
 

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