Leituras de Setembro 2021 - 5

 É  um livro de crônicas.

A autora escreve de forma a deixar às claras o que deixamos passar. 

Não enxergamos? ou não queremos aceitar?

É tão forte, cada crônica, que não há como não escolher um lugar ou tomar posição.

Só um pouco mais...

Tema: Leituras de Setembro 2021 (5)

Título: #Parem de nos matar                         

Autor: Cidinha da Silva

País: Brasil

Páginas: 192

Avaliação: 5/5

Término da leitura: 23/09/2021

Kuanza Produções – Polén – 2019 - SP

55/100 2021 #desafiodos100livrosemumano

#BingoLitnegra 12 de 25 Contos, Crônicas ou novelas

 

A Autora

Mineira de Belo Horizonte Cidinha é escritora, poeta, prosadora, dramaturga e editora.

É graduada em História pela UFMG.

Com o livro “Um Exu em Nova York” recebeu o prêmio pela Biblioteca Nacional em 2019.

É editora do blog da Cidinha http://cidinhadasilva.blogspot.com/.

Mantém de forma presencial e também virtual oficina de escrita criativa.

 

 

A Obra

Impossível dizer muito sobre uma obra tão poderosa! É uma reflexão muito profunda e real sobre a Escravização, sujeição, martírio e morte do povo negro que expatriado é subjugado numa terra que é sua. As crônicas são realistas a tal ponto que me fez questionar: qual a minha parte neste espólio?

 

 

 

 

Citações

1.      Soterópolis continua linda e os resquícios da escravidão vivíssimos como sempre estiveram. Página 22

2.      Sim, mulheres negras em posição de poder incomodam mais do que homens negros na mesma situação. Página 47

3.      A casa-grande não pode ameaçar impunemente a vida de pessoas negras cada vez que elas saem dos lugares de subalternidade construído com esmero para domesticá-las. Página 50

4.      O que faz o racismo senão destruir a humanidade de quem é por ele apedrejado? Sim, porque o racismo tem mira, foco e objetos (determinados seres humanos) a alcançar e destruir. Página 64         

5.      Na parte de trás da carroça, bem discreto, avistei um adesivo “Dilma 13”!, e fiquei em paz.

A esperança deles me contagiou. Seremos maioria política um dia. Eu, que já vi tanta mudança, viverei para ver mais essa. Página 77

6.      ...o caveirão não posa para selfie com a população negra como faz com o pessoal da Paulista em dia de micareta. Na favela o caveirão arrepia!

7.      Vestindo o branco de Oxalá, dono do dia, a esperança mostrou sua cara preta. Página 82

8.      A brutalidade com que a informação inventa mitos, impõe mitos e suprime o que antigamente a gente chamava de verdade, essa violência da informação e das finanças criou uma certa ideia tão forte do mundo atual que a gente fica desanimado diante da possibilidade de um outro futuro. Página 89

9.      Campanhas publicitárias mal feitas e superficiais (pensam que é suficiente estampar rostos negros bonitos para que as pessoas negras sejam adequadamente representadas) são inoperantes, não fazem nem cócegas no racismo travestido de xenofobia que humilha e mata. Página 102

10.  Quanto mais negro, quanto mais melanina, mais alvo. Quanto mais negro, quanto mais negros juntos, mais alvo, mais auto de resistência. E nessas horas, estamos sós, desprotegidos e sós. Apenas depois, se sobrevivermos ao susto e à violência, a poesia nos acalentará. Página 120

11.  A universidade negra apenas criará possibilidades de conforto existencial e epistêmico para os que só conhecem o desconforto. Porque o mundo é um conjunto de possibilidades, mais do que um conjunto de realidades, lição do mestre Milton Santos disponível há muito tempo para aprendizado. Página 152

12.  Cada vez que você chama uma pessoa negra de macaca, do alto de sua branquitude, você a manda de volta para o tronco. Página 162

13.  Todas as vezes que morre alguém que amo, leio poesia. É a única coisa que me conforta. Página 185

 

Gostaram? 

Comentem, curtam, compartilhem.

Leituras de Setembro - 2021 - 4

 O livro atual me remete ao tempo em que ao 10 anos a bibliotecária da escola onde cursava a 5ª série disse que eu estava bem velhinha para continuar lendo Monteiro Lobato - O sítio do Pica-Pau Amarelo, mais especificamente e que amava.

Então passei a ler Georges Simenon,Edgar Wallace e Agatha Christie. Esses livros da biblioteca. 

É verdade que também li Machado de Assis e pasmem, José de Alencar. 

Atualmente são livros pouco recomendados para iniciantes ao gosto de ler.

Bom... fez parte da minha formação. Era o que havia para o momento.

Passei anos sem pegar nada de Agatha Christie. 

E me deparei com esse procurando para um desafio, livros que possuíssem flores na capa.

Valeu a pena retomar e reviver.

Tema: Leituras de Setembro 2021 (4)

Título: Um pressentimento Funesto              

Autor: Agatha Christie

País: Inglaterra

Páginas: 228

Avaliação: 4/5

Término da leitura: 18/09/2021

Editora Record  – RJ - 1987

54/100 2021 #desafiodos100livrosemumano

#desafio24temas2021 18 – Livro com flores na capa

 

A Autora

Nascida em Wallingford, Inglaterra, no ano 1890.

Contista, poetisa, romancista.

Destacou-se ao escrever o gênero policial e por isso é hoje conhecida como a rainha do crime.

Seus livros foram traduzidos para mais de 100 idiomas.

Seu primeiro livro publicado foi O Misterioso caso de Styles que aconteceu em 1920.

 

 

A Obra

Diferente de Hércule Poirot e Miss Maple o casal Tupance e Tommy se aventuram, a partir de uma suspeita, numa investigação longa e cheia de surpresas, após a morte da tia de Tommy.

Os dois se encaixam na história e envolvem seus suspeitos até desvendarem que uma morte acima de qualquer suspeita na verdade foi um assassinato muito bem elaborado.

 

 

Citações

1.      A gente se afeiçoa pelas pessoas que tem de cuidar.  Página 17

2.      – Estive pensando. – É de onde se originam todos os problemas da vida. Pensar. Página 169

E então? Gostaram? comentem. Curtam. Compartilhem.

Leituras Setembro 2021 - 3

 Ler fábulas sempre me trás boas lembranças.

O primeiro livro que li, aos 6 anos, foi exatamente uma coleção com as Fábulas de La Fontaine.

É claro que dai em diante não parei mais de ler.

Assim as fábulas me trazem grande encantamento.

Peguei esse livrinho exatamente pelo atrativo e pela novidade do autor.

Veja a capa

O jeito de escrever do autor é muito atraente. 

Ele conta a fábula tradicional e a versão re-escrita por ele e com uma lição diferenciada.

Prazerosa demais a leitura.

Tema: Leituras de Setembro 2021 (3)

Título: Fábulas entortadas

Autor: Israel Jelin e Sebastião Nunes

País: Brasil

Páginas: 320

Avaliação: 4/5

Término da leitura: 14/09/2021

Edições Dubolsinho  – MG - 2011

53/100 2021 #desafiodos100livrosemumano

 

O Autor

Israel Jelin nascido em São Paulo, formado em Direito e Letaras Anglo GermÂnicas pela USP, com certificado de proficiência em Inglês.

Foi professor de inglês em diversos cursinhos e escolas de São Paulo.

 

Sebastião Nunes é escritor, editor e artista gráfico. Publicou livros de poesia e prosa para adultos.

Fundou em 2000 com outros trinta e nove cotistas a editora Dubolsinho onde é diagramador e editor.

 

A Obra

Que me perdoe La Fontaine... Mas Israel Jelin reescreveu as fábulas com muita alegria e trazendo novas lições.

Muito leve a leitura e divertida.

O livro é curtinho, mas é tão agradável que não consegui parar a leitura.

Recomendo.

 

 

Citações

1.      A União faz a força. Página 13

2.      A força faz a união. Página 16

3.      Dividir o trabalho sem dividir o lucro? Tô fora. Página 20

4.      O mundo é dos que enxergam as potencialidades de um nicho de mercado em expansão; dos que não temem os obstáculos que um futuro promissor, ainda que pleno de incertezas, pode apresentar; e dos que não hesitam em abrir fronteiras para o desenvolvimento pessoal e coletivo. Página 52

5.      Pequenos amigos podem fazer grandes favores. Mas tem que haver testemunhas. Página 78

 

Já leram? 

Gostaram? 

Conta aqui. Bjinhos

 

 

Leituras de Setembro 2021 - 2

 A leitura deste livro atende a dois desafios deste ano.

No primeiro: é um desafio da página Diário de Leitura cujo tema é Livro que comprei pelo título e o segundo desafio é #vailendo tema: Um livro com cor no títuro.

Então nesse segundo livro deste mês apreciei esta envolvente leitura desse thriller que encanta.

Mas... é preciso entender o estilo do autor que cria algo inusitado e  nem sempre esclarece tudo.

Vejam só o que pensei durante e após esta leitura:

Tema: Leituras de Setembro 2021 (2)

Título: Piano Vermelho

Autor: Josh Malerman

País: EUA

Páginas: 320

Avaliação: 3/5

Término da leitura: 13/09/2021

Intrínseca  – RJ - 2017

52/100 2021 #desafiodos100livrosemumano

#diariodeleitura Tema: 17 Livro que comprei pelo título

#vailendo Tema: Cor no título

 

O Autor

Josh Malerman nasceu em 1975 nos EUA – Pensilvania.

É escritor, músico, compositor da banda de rock High Strung.

Livro de estreia: Caixa de Pássaros.

Outros livros: Uma casa no fundo de um lago, Malorie (continuação da Caixa de Pássaros), Inspeção em 2019.

 

A Obra

Alguém já viu um piano vermelho?

E aquela música que não sai da cabeça?

E uma música tão bombástica que poderia ser utilizada como arma de guerra?

É bem isso que o livro propõe.

O livro é bem do jeito de Malerman. Um trhiller. De todos os que li os finais são sempre surpreendentes.

Fora do lugar comum dos livros e de outros autores onde você sabe o começo, o meio, o fim, as causas do fenômeno e outros fatores. Nada disso acontece nos livros desse autor.

Mas prende a atenção pelo mistério.

Nesse livro especificamente a narrativa se dá ora no presente, ora no passado de um músico que junto com os demais componentes de sua banda seguem para uma guerra e descobrem fatos misteriosos vinculados a uma melodia.

É só.

 

 

Citações

1.      Um exercício de memorização termina, outro começa. Assim como a guerra termina, a vida começa... em casa. Página 15

2.      É mais do que uma nota, pensou Philip, encarando Mull. É um acorde. Página 42.

3.      ...ninguém está realmente só. Página 100

4.      O importante a respeito do caminho é que, uma vez que se começa a trilhá-lo, não há como sair. Página 267

5.      Você sabia que a criação supera a Destruição? Página 310

 

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