O livro de agora é sobre fatos reais.
Na catalogação está escrito que é uma ficção.
Eu o registro como não ficção.
A narrativa e as percepção são fundadas em fatos reais.
A fala se uma filha sobre a morte de seu pai em plena pandemia do corona vírus.
A filha residindo nos EUA e o pai na Nigéria.
Aeroporto da Nigéria bloqueado. E agora? Como fazer para o velório e para o enterro?
Enquanto a situação da distância não é resolvida... Chimamanda escreve.
O meu resumo:
Tema: Leituras de Julho 2021 (4)
#BingoLitNegra
Título: Notas sobre o luto
Autor: Chimamanda Ngozi Adiche
País: Nigéria
Páginas: 144
Avaliação: 4/5
Término da leitura: 16/07/2021
Ed Companhia das Letras – SP - 2020
44/100 2021 #desafiodos100livrosemumano
A Autora
Nasceu em Enugu no ano 1977, Nigéria.
Quinta filha de seis irmãos.
Seu pai, James, foi professor de Estatística na Universidade da Nigéria em Nsukka.
Sua mãe foi a primeira mulher a ocupar o cargo de reitora administrativa na mesma universidade.
Chimamanda mudou-se para os Estados Unidos aos dezenove anos onde estudou ciência política e comunicação.
Em 2003 defendeu o mestrado em escrita criativa e nesse mesmo ano publicou Hibisco Roxo.
A Obra
A presente obra, de forma bem atual fala sobre a perda do pai da autora em 2020 durante os meses iniciais do Lockdown na Nigéria.
Pela distância e e pelo fechamento do aeroporto nigeriano fica impedida de ir e junto aos familiares realizar imediatamente o funeral do pai.
Enquanto se decide a data fina do enterro Chimamanda escreve essas notas sobre o luto e recorda sua amizade com o pai, seu relacionamento com a família e sua dor pela perda.
Considerações
1. A narrativa é curta. Apesar do tema ser difícil de tratar nas palavras de Chimamanda refletem a dor de quem perde um ente querido.
2. O livro é curativo para a alma daqueles que estão vivendo situação semelhante.
Citações
1. O luto é uma forma cruel de aprendizado. Página 14
2. Em vez de virem me acudir, minhas lembranças trazem eloquentes pontadas de dor que dizem: “É isso que você nunca mais vai ter”. Às vezes elas trazem o riso, mas um riso que é como carvões em brasa que logo voltam a se transformar em chamas de dor. Página 38
3. O luto não é etéreo; ele é denso, opressivo, uma coisa opaca. Página 41
4. ...”Esse homem não é um bom professor. Não por não ter sabido resolver o problema, mas por não ter dito que não sabia”. Página 53
5. “A dor era a celebração do amor, aqueles que sentiam dor verdadeira tinham sorte de ter amado.” Página 82
6. Depois do enterro vamos poder começar a nos curar. Página 90
7. As camadas da perda fazem eu me sentir fina como papel. Página 105
8. Um dos muitos componentes notáveis do luto é a criação da dúvida. Não, eu não estou imaginando coisas. Sim, meu pai era mesmo maravilhoso. Página 109
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