segunda-feira, 7 de junho de 2021

Leituras de Junho 2021 -2- Eu sei porque o pássaro canta na gaiola

 Em 2021 firmei o propósito de ler autoras, negras, nacionais ou não. 

E tentando obedecer tal propósito escolhi o presente livro que me surpreendeu. É uma biografia. Mas é também fabuloso.

Há um discurso sobre o racismo, sobre gênero, sobre abuso. 

Dizer mais é desestimular a curiosidade.


Tema: Leituras de Junho 2021 (2)

#desafiovailendo  19/30 – Biografia

#desafiodos24temas – 12 – Livro que tem criança na história

Título: Eu sei porque o pássaro canta na gaiola

Autor: Maya Angelou

País: EUA

Páginas: 336

Avaliação: 5/5

Término da leitura: 07/06/2021

Astral Cultural – SP - 2018

36/100 2021 #desafiodos100livrosemumano

 

 

A Autora

Margareth Annie Jonhson, nascida em 1928 passou por diversas profissões entre elas, cozinheira, condutora de bondes, cantora, escritora, poetisa. Maya é o apelido dado por seu irmão derivado de My Sister. Nunca teve um título universitário, mas era chamada de Doutora Angelou. Faleceu em Maio de 2014 aos 86 anos.

 

A Obra

Duas crianças, negras, filhas de pais separados, cuidadas pela avó e um tio no sul dos EUA vão ficar com a mãe em outra cidade.  O papel da avó como matriarca serve de exemplo para os netos. Aos oito anos a menina é abusada pelo padrasto e então retornam para a avó. Durante alguns anos a garota entra num estado de mutismo preocupante. Enquanto cresce ganha consciência social. Entre idas e vindas da avó para a mãe ou para o pai até a conclusão do ensino fundamental os irmãos se unem cada vez mais até cada um encontrar seu próprio destino.

 

 

 Considerações

1.      O livro mostra a luta de uma família negra, em busca de afirmação social e de mudança de perspectiva numa sociedade onde a segregação é dominante.

2.      Primeiro livro da autora lido por mim.

3.      O livro é fascinante.

 

 

Citações:

 

1.      Afastar ou me desligar das pessoas era minha arte mais desenvolvida. Página 58

2.      As pessoas de Stamps diziam que os brancos da nossa cidade tinham tanto preconceito que um negro não podia comprar sorvete de baunilha. Exceto no quatro de Julho. Página 67

3.      A excitação é uma droga, e as pessoas cujas vidas são cheias de violência sempre se perguntam de onde vem a próxima “dose”.  Página 105

4.      Palavras significam mais do que é colocado no papel. É preciso a voz humana para dar a elas as nuances do significado mais profundo. Página 120

5.      Donleavy tinha nos exposto. Nós éramos empregadas e fazendeiros, quebra-galhos e lavadeirase qualquer coisa maior que aspirássemos ser era uma farsa e presunção. Página 204

6.      Eu não era mais só uma integrante da orgulhosa turma de 1940; eu era uma integrante orgulhosa da maravilhosa e linda Raça Negra. Página 209

7.      Eu não sentiria falta da sra. Flowers, pois ela me deu sua palavra secreta que conjurava um gênio que me serviria por toda a vida: livros. Página 227

8.      A intensidade com que as pessoas jovens vivem exige que elas “se desliguem” com o máximo de frequência possível. Página 229

9.      Misericórdia fica ao lado de merda no dicionário, e eu nem sei ler. Página 235

10.  Não era verdade que eu sempre, o tempo todo, era um grande risco para os vivos? Página 241

11.  Ele me disse uma vez que “todo o conhecimento é moeda que se pode usar, dependendo do mercado”. Página 247

12.  A qualidade de força alinhada à ternura é uma combinação imbatível, assim como inteligência e necessidade quando não atrapalhadas pela educação formal. Página 251

13.  Qualquer coisa que funcione contra você também pode funcionar a seu favor desde que você entenda a Lei do Retorno. Página 253

14.  Apesar de não ter arrependimentos eu disse para mim mesma que crescer não era o processo indolor que achavam que era. Página 291

15.  Chega uma hora na vida de todo o homem em que ele precisa se afastar do píer de segurança e ir para o mar da sorte... Página 298

16.  O fato de que a mulher Negra americana adulta surge como um personagem formidável costuma ser visto com surpresa, aversão e até beligerância. Raramente é aceito como resultado inevitável da luta vencida por sobreviventes que merece respeito,, se não aceitação entusiasmada.

 

 

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Obrigada!

 

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